Ensina-me a viver.
- Roberto Icizuca

- 18 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
Um texto recente do LinkedIn Notícias sobre o conflito geracional no ambiente corporativo me fez refletir sobre trabalho, sociedade e tecnologia.
No inicio do século 20, a Revolução Industrial colocou a força de trabalho em uma linha de produção.
Separou as gerações, colocando crianças na escola. Jovens e adultos nas fábricas. Velhos na aposentadoria ou no asilo.
Hoje, esse modelo está ultrapassado e obsoleto.
Estamos vivendo em um momento único na história da humanidade.
Graças à longevidade vivemos com a maior diversidade etária no ambiente de trabalho da história.
Marc Freedman, especialista no assunto, cita uma pesquisa realizada pela BMW.
Eles criaram três linhas de montagem: uma composta apenas por trabalhadores mais velhos, outra apenas por trabalhadores mais jovens e uma terceira misturando as duas faixas etárias.
Resultado:
A linha com trabalhadores mais velhos operava sem erros, porém de forma mais lenta.
Já a linha dos mais jovens era rápida, mas propensa a erros.
A linha mista, combinando as habilidades e experiências de jovens e mais velhos, mostrou-se não apenas rápida, mas também com poucos erros.
Pessoas mais velhas e mais jovens se encaixam como peças de um quebra-cabeça, complementando-se mutuamente.
Ou seja, diversidade etária é extremamente benéfica para a produtividade e lucratividade no ambiente de trabalho.
Mas Junior Borneli trouxe, ontem mesmo, novos ingredientes para a equação.
Em um dos exemplos, a Ford implantou robôs inteligentes guiados por IA trabalhando lado a lado com os humanos em diversas tarefas.
Resultado:
Redução de 30% da equipe de produção.
Aumento de 5% na margem bruta da fábrica.
Aumento de 10% no lucro líquido da empresa.
Não há tempo a perder com conflitos de geração. Todos estão em risco no contexto do trabalho.
É essencial adotarmos um “mindset ageless", focado no indivíduo e em valores comuns de humanidade.
Talvez, uma fonte de inspiração possa ser encontrada no filme "Ensina-me a Viver”. Esta obra nos ensina sobre a importância da conexão humana, independentemente da idade.
Jovens e seniores precisam uns dos outros.
Não vamos superar os desafios contemporâneos sem união de forças em torno de objetivos comuns.



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